A comunicação ao País do primeiro-ministro arrancava de forma promissora: "Chegou o momento de relançarmos o investimento privado." Mas, minutos depois, percebemos que, mais uma vez, a ditadura das Finanças prevalece sobre a agenda do "fomento industrial". Nem uma palavra sobre crescimento, nem uma ideia sobre combate ao desemprego, nem uma sugestão sobre revitalização da Economia, nem uma mensagem de esperança para o interminável exército de empobrecidos que vai penando com dificuldades. Nada.
Ao contrário, voltou a agarrar no serrote e, mais uma vez a eito, avançou sobre a idade da reforma, criou um novo imposto para as pensões, anunciou a revisão em baixa das tabelas salariais da administração pública, decretou o aumento do horário de trabalho dos funcionários públicos para as 40 horas semanais, apregoou um programa de rescisões/despedimentos que atingirá 30 mil trabalhadores do Estado e determinou um novo corte de 10% nos encargos dos ministérios que, suspeito eu porque não foi dito, irá concentrar-se na Educação, na Segurança Social e na Saúde.
Sem comentários:
Enviar um comentário