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domingo, 11 de agosto de 2013

Manipulação grosseira não pode ser denunciada com linguagem meiga

Parece - tenho mesmo a certeza - que deu brado o artigo que escrevi na semana passada em que me referi a dois ex-promissores membros do Governo, o ministro Miguel Poiares Maduro e o seu secretário de Estado Pedro Lomba, e no qual adverti para os exercícios de manipulação da informação por eles praticados e alertei para um risco de fascização da nossa vida comum.
Já me vou conformando com não ver os meus artigos com grande procura. Tento convencer-me que é mal congénito de um "artigo de provedor", que tem o destino do peixe-espada: chato e comprido. Mas a verdade é que a leiturência - tenho de improvisar a palavra - do artigo da semana passada subiu meteoricamente. Numa outra ocasião, há mais de um ano, aconteceu fenómeno idêntico, quando critiquei o trabalho de um jornalista do DN, que publicou acriticamente e sem contraditório um argumentário do Governo para denegrir uma greve de trabalhadores dos transportes, transformando este jornal num instrumento de mera propaganda. (Como no "contos de moços de fretes" que Hans Christian Andersen e os irmãos Grimm - ou mesmo a Alice Vieira... - se esqueceram de inventar, o despachado jornalista chegou a secretário de Estado por uns tempos...).

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