A Tela do Absurdismo
Num canto frio e isolado,
Onde o silêncio faz-se eco,
Um trono moderno é montado,
Para o absurdo mais sincero.
Um vaso, simples e discreto,
Com canos grossos a sustentar,
Mas à frente um espelho quieto,
Que reflete o vazio do olhar.
A tela brilha, mas sem alma,
Conectada ao trono inusitado,
Como se a vida perdesse a calma,
No ciclo fútil e saturado.
Aqui se senta a humanidade,
Que se afunda em telas sem fim,
Em busca de uma falsa verdade,
Que escorre e se perde em si.
No trono e tela, somos reféns,
De vícios que brilham e piscam,
Enquanto a vida passa, além,
Por tubos que a nada levam.
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Esse poema explora a mistura de tecnologia e cotidiano, refletindo sobre como nossas vidas modernas podem parecer absurdas e vazias.
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