Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Absurdo


 


A Tela do Absurdismo


Num canto frio e isolado,

Onde o silêncio faz-se eco,

Um trono moderno é montado,

Para o absurdo mais sincero.


Um vaso, simples e discreto,

Com canos grossos a sustentar,

Mas à frente um espelho quieto,

Que reflete o vazio do olhar.


A tela brilha, mas sem alma,

Conectada ao trono inusitado,

Como se a vida perdesse a calma,

No ciclo fútil e saturado.


Aqui se senta a humanidade,

Que se afunda em telas sem fim,

Em busca de uma falsa verdade,

Que escorre e se perde em si.


No trono e tela, somos reféns,

De vícios que brilham e piscam,

Enquanto a vida passa, além,

Por tubos que a nada levam.



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Esse poema explora a mistura de tecnologia e cotidiano, refletindo sobre como nossas vidas modernas podem parecer absurdas e vazias.


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