A cartilha teórica e a ação do
neoconservadorismo e do neoliberalismo que vão subjugando as pessoas e
as sociedades alimentam-se muito de dois fatores: (i) um exercício
permanente de apagamento da memória a partir de releituras de factos e
contextos históricos, para nos parecerem novas as velharias que causaram
dor e repúdio; ii) a apresentação das suas propostas como únicas,
convidando assim os seres humanos a submeterem-se, a distanciarem-se da
responsabilidade de pensarem livremente, de democraticamente construírem
caminhos alternativos.
Quando, há 130
anos, os trabalhadores de Chicago e os seus dirigentes foram massacrados
por reivindicarem 8 horas de trabalho diário e o início do
reconhecimento de direitos essenciais que hoje qualquer "liberalão" diz
não pôr em causa, já décadas de humilhações e sofrimento haviam sido
impostas.
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