Está prestes a arrancar mais um ano letivo. Que professores irão os
alunos encontrar quando regressarem à escola? Sabe-se, pelas
estatísticas recentes do Ministério da Educação, que, num universo de
130 mil professores, apenas 500 têm menos de 30 anos. O grosso da classe
docente está, por isso, a chegar à idade "sénior", a idade dos avós.
Não se pode dizer que tal seja absolutamente negativo. Ser depositário e
transmissor de saberes experienciados e acumulados, de métodos testados
no tempo, de memórias e valores intergeracionais, tem um valor
incalculável que as sociedades modernas, infelizmente, não souberam
ainda potenciar. Mas fazer depender de uma classe "sénior", cansada e
gasta, a sobrevivência de um sistema em permanente e vertiginosa mutação
é um contrassenso.
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