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domingo, 1 de maio de 2016

O genro de Marx

Por desoladora ironia, só nos faltava que o feriado consagrado ao trabalhador calhasse a um domingo! Além de que, à nossa volta, não há razões para celebrar. Na Europa, o número de desempregados aproxima-se dos 30 milhões. Por cá, um terço dos que contam nessa estatística são desempregados há mais de um ano. E dói mais ainda se pensarmos que um em cada três dos nossos jovens à procura de emprego bate com o nariz na porta.
Pese embora a Igreja (Pio XII, em 1955) tenha instituído o dia de hoje para celebrar São José Operário, em homenagem aos trabalhadores, há bem mais de um século que a organização do 1.º de Maio é monopólio dos sindicatos. Mas também estes ameaçam declínio, por toda a Europa do Sul. Em Portugal, a CGTP e a UGT terão perdido perto de 150 mil filiados nos últimos quatro anos. A conta é das próprias confederações, que veem diminuída a sua capacidade de mobilização e dizimada a cobrança de quotas que financia a sua atividade.

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