No âmago do meu ser, o corpo é mel e suco, Flui como a lua em noite de menstruação, Um enxame de abelhas, vida em pleno alvoroço, No doce licor que nutre, brota a criação.
De leite e mel, meu ser é feito e refeito, Em cada célula, o segredo da vida ecoa, Neste solo sagrado, o mistério é desfeito, E a natureza em mim, em doce dança entoa.
Do ventre, a vida floresce em cada estação, Ciclos que se entrelaçam como as marés, E na alquimia do corpo, em profusão, A essência da mulher se faz entrelaçar aos céus.
Oh, corpo divino que abriga o milagre, Guardião de segredos ancestrais, És templo e morada do que é intangível, O sagrado mistério que em ti se faz.
Que em teu regaço, a vida siga seu curso, Com a força das águas, a calma do luar, E que a cada ciclo, floresça o universo, Em teu corpo, mulher, a Terra a se renovar.
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