Primeiro-ministro, a palavra, é o tabu da oposição. Um deputado do PSD
que passe por um governante e diga "o amigo é o primeiro ministro que
vejo hoje nos corredores", sublinharia logo: "Primeiro ministro sem
hífen, atenção!" À direita, a palavra "primeiro-ministro" está tão
banida como "bomba" em aeroporto americano. Esta semana, na discussão do
programa do Governo, Passos Coelho disse: "Este Governo, assim como o
seu chefe..." Kaput ao inominável cargo! Como Portas é só líder
secundário da oposição, já pode ser menos radical: "Senhor
primeiro-ministro, vírgula, mas senhor primeiro-ministro que o povo não
escolheu." E Telmo Correia, ainda mais secundário, também pode dizer o
palavrão, já que lhe acrescenta a irrisão: "Primeiro-ministro não
eleito."
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