O tempo da política é sempre imediato. E abusa o mais que consegue das acrobacias permitidas
pela memória curta. Mas há piruetas que, de tão rebuscadas, não enganam
nem sequer o mais distraído dos portugueses que tem assistido à forma
agressiva de bater bolas com que os políticos, mais bipolarizados que
nunca, se têm entretido nas últimas semanas.
Marco António Costa,
vice-presidente do PSD, assumiu ontem que é tempo de ser oposição,
fiscalizando a "defesa do interesse nacional". Esta declaração seria
responsável e séria, se não estivesse armadilhada no que a antecedeu e
no que lhe sucedeu. Em ambos os casos, pelo meio das habituais
expressões de que o poder foi tomado "de assalto", Marco António Costa
referiu-se a contas.
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