A antiga assinatura censória do lápis azul
mudou de cor. Com a pouca-vergonha ao rubro e com o sorriso amarelo, o PSD mistura as cores, substituindo o azul por laranja. Agora, a censura a
quem o diz. Melhor dizendo, a quem vai dizer. A gota de água de Pacheco
Pereira no seu partido parece ser algo que poderá porventura vir a ser
dito numa acção da candidatura presidencial de Marisa Matias. Pela
antecipação do futuro e pelo passado, novas vontades mas velhos vícios.
Campeão das expulsões por delito de opinião ou incumprimento
estatutário, depois de cerca de 400 militantes expulsos após as
autárquicas de 2013, com a memória do seu ex-primeiro ministro Cavaco
Silva a promover, em 1986, a expulsão de dezenas de militantes pelo
apoio a Mário Soares contra Freitas do Amaral, o PSD dos nossos dias faz
jus à sua honra sem nunca fazer a pergunta essencial: o que levará
alguém com pensamento, história e passado a não sair pelo próprio pé do
seu partido, insistindo nas críticas ao actual rumo e liderança?
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