André Ventura quer ser presidente.
Presidente de quê, é que ninguém sabe.
Talvez do próprio espelho — onde passa mais tempo do que em qualquer debate de ideias.
Vende-se como salvador da pátria, mas o produto é contrabando moral. Populismo de feira, embrulhado em gritos e promessas tão ocas como a sua indignação de palco.
Diz que combate o sistema, mas vive dele. Um parasita de luxo com discurso de mártir. Fala de moral enquanto se alimenta da raiva, do medo e da ignorância que tão bem cultiva.
Ventura não quer mudar o país.
Quer um trono com microfone.
E o mais triste? Há quem o aplauda.
Acreditam que é revolução.
Mas é só mais um espetáculo de circo — e o palhaço continua convencido que é rei.


