Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve

terça-feira, 30 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1869 - Lisboa, minha cidade.

Frases de António Lobo Antunes


FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1868 - Mercado de Estarreja - banca de venda de peixe.

Boceta

da entrada à entranha
dessa eterna
morada
da morte diária
molhada
de mim
desde dentro
o tempo
acaba

entre lábio e lábio
de mucosa rósea
que abro
e me abra
ça a cabe
ça o tronco
o membro
acaba o tempo

Para combatir la pobreza...


Livro do Desassossego

Há criaturas que são capazes de sofrer longas horas por não lhes ser possível ser uma figura dum quadro ou dum naipe de baralho de cartas. Há almas sobre quem pesa como uma maldição o não lhes ser possível ser hoje gente da idade média. Aconteceu deste sofrimento em tempo. Hoje já me não acontece. Requintei para além disso. Mas dói-me, por exemplo, não me poder sonhar dois reis em reinos diversos, pertencentes, por exemplo, a universos com diversas espécies de espaços e de tempos. Não conseguir isso magoa-me verdadeiramente. Sabe-me a passar fome.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ISIS


by Osval

Aos amores!

Aos amores!

A vida que tudo arrasta os amores também
uns dão à costa, exaustos, outros vao mais além
navegadores só solitários dois a dois
heróis sem nome e até por isso heróis

Desde que o John partiu a Rosinha passa mal
vive na Loneley Street, Heartbreak Hotel, Portugal
ainda em si mora a doce mentira do amor
tomou-lhe o gosto ao provar-lhe o sabor

Os amores são facas de dois gumes
têem de um lado a paixão, do outro os ciúmes
são desencantos que vivem encantados
como velas que ardem por dois lados

Aos amores!

No convento as noviças cantam as madrugadas
e a bela monja escreve cartas arrebatadas
"é por virtude tua que tu és o meu vício
por ti eu lanço os ventos ao precipício"

O Rui da Casa Pia sabe que sabe amar
sopra na franja, maneira de se pentear
vai à posta restante para ver quem lhe escreveu
foi uma bela monja que nunca conheceu

Aos amores!
(desordeiros irresistíveis deleituosos entranhantes
verdadeiros evitáveis buliçosos como dantes
bicolores transgressores impostores cantadores)

A Marta, quinze anos, vê na televisão
um beijo igual ao que ontem deu junto do vulcão
faz baby-sitting à espera de parecer mulher
quando é que o amor lhe explica o que dela quer?

Depois da dor, como conservar a inocência?
leia um bom livro, legue as lágrimas à ciência
e parta o vidro em caso de necessidade
deixe o seu coração ir em liberdade

Aos amores!

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1867 - Reparando as redes da arte xávega.

domingo, 28 de setembro de 2014

La Fundación y el Museo de Serralves celebran este 2014 su vigésimo quinto y décimo quinto aniversario, respectivamente, rodeados del éxito de sus colecciones en Portugal


En una amplia villa del barrio de Boavista, a algunos pasos del centro de Oporto, se encuentra un espacio privilegiado. Entre jardines de estilo romántico y un bosque de árboles altos emerge uno de los museos de arte contemporáneo que ningún aficionado pierde ocasión de visitar cuando viaja a la ciudad portuguesa. Se trata de la Fundación Serralves, que celebra este año su 25 aniversario y acoge el Museo de Serralves, que también cumple 15 años desde su apertura, diseñado por el arquitecto Siza Vieira, y lugar donde se mantienen colecciones de arte contemporáneo tanto portuguesas como internacionales.
El Museo de Serralves es el centro cultural más destacado de Oporto y su impacto a lo largo de los años se ha hecho notar, no sólo por haber forjado un nombre conocido a nivel mundial, sino también por las 357 exposiciones que ha acogido desde su fundación, las 4.222 obras que posee la colección o su importante impacto económico sobre el PIB de Portugal: 40.560.000 euros.

José Saramago vuelve a hablar a los lectores


Con el mar de Lanzarote, a su izquierda, y el jardín de su casa, delante, asomados en dos ventanas, José Saramago empezó a escribir la novela que dejó inacabada y que verá la luz el 1 de octubre:Alabardas(Alfaguara). La escribió en uno de los salones de su casa, en un sillón color teja rodeado de tonos verdes donde nunca antes había escrito ningún libro. Donde para un tema como el de la industria del armamento y el tráfico de armas continuó la exploración de dos rutas literarias: más depuración en lo escrito y más sentido del humor e ironía.
El Nobel portugués (Azinhaga, 1922-Tías, Lanzarote, 2010) relata sobre el negocio armamentístico, sí, pero también le habla al lector, lo interpela, le cuenta una historia y en ella le pregunta por su posición y responsabilidad moral ante esa situación. O, como dice el poeta y ensayista Fernando Gómez Aguilera, “hurga en su conciencia, para incomodar, intranquilizar y depositar en el ámbito personal el desafío de la regeneración: la eventualidad, si bien escéptica, de encarrilar la alternativa de un mundo más humano”.

Frases de António Lobo Antunes


FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1866 - Borrasca.

01. Antonio Zambujo - [Guia] - Guia

Cuerpo de mujer...

Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava
y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.

Fui solo como un túnel. De mí huían los pájaros
y en mí la noche entraba su invasión poderosa.
Para sobrevivirme te forjé como un arma,
como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.

Pero cae la hora de la venganza, y te amo.
Cuerpo de piel, de musgo, de leche ávida y firme.
¡Ah los vasos del pecho! ¡Ah los ojos de ausencia!
¡Ah las rosas del pubis! ¡Ah tu voz lenta y triste!

Cuerpo de mujer mía, persistiré en tu gracia.
Mi sed, mi ansia si límite, mi camino indeciso!
Oscuros cauces donde la sed eterna sigue,
y la fatiga sigue, y el dolor infinito.

sábado, 27 de setembro de 2014

GOD'S FINGER


Carmen Lundy - Soul to Soul EPK - An Inspiring Musical Journey

Vá-se lá saber porquê?


Ao serviço do PSD, fica-lhe mal!

Motel Paradise

- Oi, eu sou o Adão...
- Adão?
- É, Adão, o Peladão...
- Ah, sei, já ouvi falar...
Eu sou a Eva...
- Minha costela tá doendo...
- Heim?
- Nada não, deixa para lá...
- Bom: vamos começar, né?
- Claro...
O que que eu faço?
- Ele não te ensinou?
- Nem...
- Ah, sei lá...
Eu acho que você põe a mão nesses dois
montinhos bicudos aqui em cima...
- Assim?
- É... Mas pode largar a maçã, se quiser...
- Ah, é, desculpe... Tô um pouco nervoso... E agora?
- Não tenho certeza, mas acho que você gruda o lugar
com que você fala no meu e mete esse negócio
vermelho molão lá dentro...
- Achim?
- Credo! Que bafo de onça...
- Desculpe... Peraí que eu vou mastigar umas pétalas de flor...
Nham, nham, nham... Melhorou?
- Melhorou...
- E agora?
- Sei lá... Tem certeza que Ele
não te disse?
- Disse... Disse que era para
você fazer carinho nesse treco
pendurado aqui que ele cresce...
- Nem morta! Eu tenho nojo...
Além do mais, eu também tenho medo. Sei lá de que
tamanho fica esse bicho...
- Precisa ficar com medo, não... Aposto que é menor
que certas coisinhas que você já viu por aí...
- Tá insinuando o que, heim, moleque?!?
- Tô falando dessa cobra asquerosa que não larga do
teu pé...
- Vai catar coquinho, cabeça de melão...
- Escuta aqui, ô, Maria Costela... Vamos começar
logo o serviço porque eu não tô a fim de agüentar
piripaque de mina fresca.
- Maria Costela é esse buraquinho que você tem aí atrás...
- Vai, abre logo essas pernas...
- Vê lá como fala, heim, Zé Parreira...
- Peraí... Peraí... Ó, o bicho cresceu, viu?
- Olha só... quem diria... E ficou duro pacas...
Ai... E se doer?
- Não dói, não...
- Tá bom, então manda pau...
- Taí, gostei... Vamos chamar o treco pendurado de pau!
- Legal... E ela?
- O buracão?
O buracão a gente chama de caverna peluda...

- Muito romântico...
- Arghhh!!!!
- Que foi?
- Tá tudo melado aí dentro!!!
Não vou meter meu "pau" aí nem que a
vaca tussa...
- Saco!
Vou reclamar com Ele..
Aliás, sabe o que eu acho? Acho que você é um
tremendo gayzão!!!
- Gayzão? Que que é isso?
- É homem que gosta de homem...
- Cadê o outro homem, burra?
- É mesmo, fica difícil ser gay por aqui...
- Nossa! Olha aquilo!!!
- O que?

Clunca!

- Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!! Cafajeste!
Doeu viu...
- Relaxa, benzinho...
O pior já passou...
Olha, faz assim: quando eu for para cá,
você vai para lá... Quando eu for pra lá, você vem pra cá...
Tá bom?
- Tá...
- Então, vamos! Um, dois e...

Balança, balança, balança...

- Ai, Adão... Assim tá gostoso...
- Yes! Yes! Yes!
Hei! Para que serve esse negocinho aí em cima do
cavernão peludo?
- Não sei, mexe para ver...

Clica! Clica! Clica!

- Ai, mexe mais...
Não para! Não para! Não para!!!!!!!!!
- Não vo...vo... vo... vou... pa.. pa... pa...rar...
- Aaa...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
- Ooo...
Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Pausa

- Ai, meu Deus do Céu... O que foi isso?
- Não sei, mas para mim foi bom demais...
Foi bom para você?
- Se foi...
Senti uma coisa estranha...
- Como o que?
Como se estivesse... no PARAÍSO...
- Pode crê!

Vá-se lá saber porquê?


Permanecem as dúvidas, por mais tentativas que faça, continua a não convencer, uma má imagem para quem se apresentou como uma político imaculado. Caiu-lhe a máscara!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1865 - Pilares.

EL dinero es una mierda


Querer

Quero massagear o teu corpo,
Como se te prestasse um tributo de paixão.
E com minhas mãos, como que num ritual,
Percorrer-te todos os caminhos
E dele extrair a chama da combustão.
E cheirá-la por inteiro,
No ardor de farejar o âmago de tua alma fêmea.
E beijá-la voluptuosamente e com meus lábios
Sorver o suor ensandecido de teus poros
Quero, então, corpos unidos,
Dançar ao som de teus gemidos e sussurros
A dança terna e alucinante do amor.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1864 - Street Art.

Frases de António Lobo Antunes


Trajicomix


FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1863 - Parque das Nações.

Prazer

Não sei o que é mais gostoso:
E expectativa e a ansiedade
da ante-véspera do amor,
O colorido e o abandono
do momento cósmico do orgasmo
ou a lassidão e os espasmos de prazer
no repouso de teus braços.

Vá-se lá saber porquê?


Além de sofrer de amnésia, porque lhe dá jeito, é desorganizado. A maioria dos cidadãos guardam as declarações de IRS, não haverá na casa do primeiro ministro nenhum dossier escondido com declarações e outra decumentação de interesse?
Ganhe coragem e, demita-se! Lembra-se do ministro António Vitorino do PS? Siga-lhe o exemplo! 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1862 - Lazer.

Vá-se lá saber porquê?

Desgraçada UGT que festejará o aumento do salário mínimo no montante de 20,00€; o equivalente a 0,66 € por dia.
Uma central que deveria ter um pingo de vergonha na cara. A UGT desde a sua criação teve sempre este tipo de comportamento de braço dado com os patrões!

Vá-se lá saber porquê?

Este é um governo sui generis, ministros que pedem desculpa e, um primeiro ministro desmemoriado - dá jeito!

O amor, quando se revela...

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1861 - Passeio do sapal.

A minha pátria é uma cegada

Dois ministros, Paula Teixeira da Cruz e Nuno Crato, pediram publicamente desculpas pelas aleivosias que têm cometido. Milhões de portugueses sofreram o que numa sociedade organizada seria entendido como crime. Nada lhes vai acontecer além da punição "democrática" de ser votados fora. Mas há, em toda esta farsa preparada no Conselho de Ministros, algo de repugnante por muito pouco genuíno. As experiências que estes e outros consideráveis têm feito, na estrutura orgânica portuguesa, liquidando tudo o que vêem pela frente, em nome de uma "renovação" que mais não é senão a obediência a regras obsoletas e abstrusas de alteração política, económica, social e cultural, conduziram Portugal a um deserto de tudo, e os portugueses à mais atroz das misérias.
Há anos, numa declaração que deixou perplexos aqueles que ainda pensam por si, o dr. Passos Coelho, acabado de tomar posse como primeiro-ministro, pediu-nos desculpa em nome de quem? De José Sócrates, vejam a bizarria, pelas malfeitorias por este praticadas! Iniciava-se, daquela forma, o modo neossurrealista de governar, tão do gosto de Juncker e de Merkel.. O pessoal ficou muito comovido, sem relacionar os elos ideológicos que o texto de Passos possuía com o violento discurso de Cavaco contra Sócrates.
O que ocorre no nosso país é de tal gravidade que sobressalta, por exemplo, Adriano Moreira, cujas advertências constantes deveriam merecer toda a atenção do Governo; e Mário Soares, em textos que lembram o finis patriae e o dobre a finados a uma glória moribunda.

Sale a la luz la novela póstuma incompleta de Saramago


Cuatro años después de la muerte del premio Nobel de Literaturaportugués José Saramago se publicó hoy en su país natal una novela póstuma incompleta del autor, 'Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas', en la que un empleado de una fábrica de armas siente remordimientos por su tarea.

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1860 - Parque Tejo.

Livro do Desassossego

Dar bons conselhos é insultar a faculdade de errar que Deus deu aos outros. E de mais a mais, os atos alheios devem ter a vantagem de não serem também nossos. Apenas é compreensível que se peça conselhos aos outros — para saber bem, ao agir ao contrário, quem somos bem nós, bem em desacordo com a Outragem.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1859 - a cor da esperança.

Vá-se lá saber porquê?

Uma ministra com dificuldade de perceber que os tribunais não estão a funcionar dentro da normalidade, não passa de uma política incompetente, de um autismo atroz!
Há muito que merecia ter sido demitida, se vivêssemos num País à séria!

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1858 - Passeio Heróis do Mar.

Frases de António Lobo Antunes


SI EL ESTADO ISLÁMICO ES UN MONSTRUO...


by Iván Lira

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1857 - Sombras.

Aceitarás o amor como eu o encaro?

...Azul bem leve, um nimbo, suavemente 
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.
Tudo o que há de melhor e de mais raro

Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.

Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.

Que grandeza... a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.

Livro do Desassossego

A mulher uma boa fonte de sonhos. Nunca lhe toques.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Vá-se lá saber porquê?

Bastou chover um pouco mais e, a baixa de Lisboa ficou literalmente alagada; a baixa e não só!

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1856 - Passeio do Sapal.

Pensamento do dia



Paulo Gonzo & Carlos do Carmo - Estranha Forma de Vida

PROJECT NEW MIDDLE EAST


by Vicman

Nova bárbara escrava

Barborinha uma crioula: 
Faz de bahiana evocada
Num hotel de vidro e avenca;
Usa torço cor-de-rosa,
Pano-da-costa fingido,
Chambre crivado no seio:
Seu balangandã preserva-a
Bem menos que seu enleio.
Para não ver os meus olhos
– Figa branca, figa preta -
Atira-as pra trás nas costas,
Tão bem, que só vê diante
A cuia do vatapá:
Mas eu sei quantas pancadas,
Vindo assim, seu peito dá.
Peixinho moreno, pula
No aquário do hotel de luxo
Como gota de água ao céu:
Tem vergonha de ser mate,
O seu passo é como um véu.
Barborinha é uma crioula
(Mulatinha era demais):
As cores, à parte, são várias:
Unidinhas, são iguais.
Vem servir-me cor-de-rosa,
Parda me serve xinxim
(Pérfido, atraso o jantar
Fitando-a entro e mim).
Mas o que serve em verdade
A Barborinha morena,
Na sua saia bahiana
Com roda de campainha,
Não é o envisco que comem
Os peixes do hotel de vidro,
Mas a sua graça apenas.
Tão quente (sendo ela fria)!
E as mãos! as mãos! – tão pequenas,
Tão pequenas, que eu diria
Que as fazem penas – e fogem
As aves que há na Bahia!

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1855 - de pequenino se ganham hábitos de desporto.

Livro do Desassossego

Ser puro, não para ser nobre, ou para ser forte, mas para ser si-próprio. Quem dá amor, perde amor.

domingo, 21 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1854 - Dogs.

Pensamento do dia


FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1853 - Passeando.

El Greco en carne y hueso


Aún queda mucho de enigma en la figura y la obra de El Greco, quizá el artista más explorado de los últimos años. El más bendecido de redenciones. El más dotado para la superchería académica y de la otra. En él se alternan claridades y penumbras que entusiasman, que desconciertan, que empujan. Soporta todas las teorías, pero una cosa está clara: no acepta las verdades tajantes. El Greco es uno de los creadores más plurales del Renacimiento español -en la parte de Renacimiento que cumplió por estas latitudes-, quizá el más incalculable. Y a la vez que su pintura se va descifrando, su biografía sigue acumulando repintes delirantes, 'falsos fondos' e hipótesis de saldo. Sobre todo, su vida de pintor.
Y ahí, pero con voluntad de revocar tanta filfa, es donde incide la última de las grandes exposiciones del Año Greco, centrada en los días del artista en su taller. ¿Cómo resolvía los encargos? ¿Cómo era el proceso de pintar junto a sus oficiales? ¿De qué modo se sobrepuso a la intemperie de tenerlo todo en contra? La muestra, 'El Greco: arte y oficio', abierta hasta el próximo mes de diciembre en el Museo de Santa Cruz de Toledo y de la que es comisaria Leticia Ruiz, no renuncia a los misterios. Aunque permite caminar por una nueva senda de lectura que ensancha la extraordinaria poética del pintor cretense a través de 92 piezas.

Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti - Talvez Por Acaso

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1852 - Passeio do Sapal.

O sol nas noites e o luar nos dias

De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.

A transtornada


A ministra sem vergonha!

sábado, 20 de setembro de 2014

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1851 - Gaivota livre.

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1850 - Passeio do Tejo.

Outburst sense

Step in step on the way to victory!

FOTOS MINHAS


photo: rogério barroso. Foto nº 1849 - Parque das Nações.

Livro do Desassossego

Atiro a caneta pela secretária fora e ela rola, regressando, sem que eu a apanhe, pelo declive onde trabalho.
Senti tudo de repente. E a minha alegria manifesta-se por este gesto da raiva que não sinto.

Não vás a Gaia Pedro!




Cá se fazem cá se pagam!

FOTOS MINHAS


photo: ines serpa. Foto nº 1848 - Quotidianos!

A oposição continua de férias


E o governo agradece!

Volvamos a los negocios y bombardeemos Irak y Siria!


Jessie Ware - Tough Love

ESTADO DE CITIUS


A moda pegou, a ministra da Justiça errou, pediu desculpa, mas agarrada ao cargo e à sua cadeira tratou de arranjar um bode expiatório. Assim vai a política no nosso país!

Afrodite

Formosa.
Esses peitos pequenos, cheios.
Esse ventre, o seu redondo espraiado!
O vinco da cinta, o gracioso umbigo, o escorrido
das ancas, o púbis discreto ligeiramente alteado,
as coxas esbeltas, um joelho único suave e agudo,
o coto de um braço, o tronco robusto, a linha
cariciosa do ombro...
Afrodite, não chorei quando te descobri?
Aquele museu plácido, tantas memórias da Grécia
e de Roma!
Tantas figuras graves, de gestos nobres e de
frontes tranquilas, abstractas...
Mas aquela sala vasta, cheia, não era uma necró-
pole.
Era uma assembleia de amáveis espíritos, divaga-
dores, ente si trocando serenas, eternas e nunca
desprezadas razões formais.

Afrodite, Afrodite, tão humana e sem tempo...
O descanso desse teu gesto!
A perna que encobre a outra, que aperta o corpo.
A doce oferta desse pomo tentador: peito e ventre.
E um fumo, uma impressão tão subtil e tão pro-
vocante de pudor, de volúpia, de reserva, de
abandono...
Já passaram sobre ti dois mil anos?

Estranha obra de um homem!
Que doçura espalhas e que grandeza...
És o equilíbrio e a harmonia e não és senão corpo.
Não és mística, não exacerbas, não angústias.
Geras o sonho do amor.

Praxíteles.
Como pudeste criar Afrodite?
E não a macerar, delapidar, arruinar, na ânsia de
a vencer, gozar!
Tinha de assim ser.
Eternizaste-a!
A beleza, o desejo, a promessa, a doce carne...

E que tal demitir-se?


Como comentador na SIC N era implacável, era um crítico feroz ao governo do PS, como ministro da educação é uma nulidade, reconheceu o erro nas listas de colocação dos professores, mas não teve  hombridade de demitir-se, uma vergonha!