Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O pântano

Circula o rumor, astutamente organizado, de que António Guterres é um bom candidato à Presidência da República. Não o é. À menor contrariedade foge espavorido, como se viu quando perdeu as eleições municipais, e refugiou-se num chamado Alto Comissariado para os... Refugiados. É sempre assim: começa com um rumor, prossegue com um grupo de "notáveis" a apoiar, segue-se um abaixo-assinado, e as coisas vão rolando, a bel-prazer do contemplado.
Contrario, abertamente, esta estratégia, por muito ardilosa que os seus mentores a hajam congeminado. Guterres está longe de ser o homem que o momento exige. Carece de carácter, é um espírito flébil, pouco consistente e indeciso. Estou à vontade: votei nele, burlado pela paixão que, então, dizia "devorá-lo": a educação. Revelou--se habilidoso no uso do idioma, mas inútil, manietado e medroso como primeiro-ministro. Designou o País de "pântano", por não estar à altura das circunstâncias imprevistas. E demonstrou ser ressentido, rancoroso e vingativo, quando saneou Vasco Graça Moura das funções de comissário para as Comemorações dos Descobrimentos, porque o escritor criticava, publicamente, a política do Governo. Acontece que Graça Moura realizava um trabalho magnífico, a justificar o prémio e o elogio e não o olho da rua e a execração. Na altura, verberei a condenação absurda, injusta e muito pouco democrática, e deixei de apertar a mão ao saneador, que teve o descoco de afirmar que perdera a "confiança política" no saneado.

Sem comentários:

Enviar um comentário