photo: rogério barroso. Foto nº 904 - Aldeia típica de José Franco.
Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve
domingo, 30 de junho de 2013
La lógica de Egon Schiele
Desde un trasfondo oscuro pero profundamente natural de sexo y muerte, amalgamados por la locura (el padre de Egon Schiele (1890-1918) murió cuando éste era niño, y lo hizo de sífilis, tenía alucinaciones, se volvió loco, no es difícil pensar que Schiele relacionase muerte, sexo y locura desde pequeño), desde el anhelo de un dios cuya ausencia parecen clamar sus obras, desde una referencia permanente en ellas a lo eterno, que busca dolorosamente, entre acierto y yerro, malentendido una vez y otra, “en la cuerda floja”, surge en Schiele, sin embargo, una lógica fría, “una gramática absolutamente certera y precisa, que no por ello deja de reflejar parte de locura, de alucinación”. Eso es lo que interesa sobre todo, más que cualquier sentimentalismo, hagiografía o desgarro existencial, a la artista y filósofa Carla Carmona: lo que en expresa referencia a la “idea musical” de Schönberg ella llama “idea pictórica” de Schiele, aquello que resume lo objetivo de su obra, la raíz originaria de ésta.
Jade Beall, la fotógrafa del cuerpo «real» de la mujer
«No tenía ni idea de dónde me estaba metiendo cuando un amigo me envió esta foto que tomé en mi estudio». La cita es de Jade Beall, una fotógrafa estadounidense que está al frente del proyecto fotográfico «A Beautiful Body» (Un cuerpo hermoso), una recopilación de fotografías de cuerpos reales, sin retoques, de mujeres que han sido madres.
La fotografía a la que se refiere Beall es una en la que dos hijas tocan la tripa de su madre, con rasgos que reflejan que ha pasado por un parto (ver arriba). Fue precisamente esa imagen la que colgó en su perfil de Facebook -algo que ya había hecho con otras semejantes- y que, como ella misma cuenta, se convirtió en viral. Cientos y cientos de mujeres la compartieron y comenzaron a enviarle correos electrónicoscontándole sus historias personales, las historias de sus cuerpos.
Moral abreviada
Uma nuca de loura e de graça inclinada,
Um colo que arrulha, belos, lascivos seios,
Com medalhões escuros na mama afogueada,
Esse busto se assenta em baixas almofadas
Enquanto entre duas pernas para o ar, vibrantes,
Uma mulher se ajoelha - ocupada com quê?
Amor o sabe - expondo aos deuses a epopéia
Singela de seu cu magnífico, um espelho
Límpido da beleza, que ali quer se ver
Pra crer. Cu feminino, que vence o viril
Serenamente - o de efebo e o infantil.
Ao cu feminino, supremo, culto e glória!
Com medalhões escuros na mama afogueada,
Esse busto se assenta em baixas almofadas
Enquanto entre duas pernas para o ar, vibrantes,
Uma mulher se ajoelha - ocupada com quê?
Amor o sabe - expondo aos deuses a epopéia
Singela de seu cu magnífico, um espelho
Límpido da beleza, que ali quer se ver
Pra crer. Cu feminino, que vence o viril
Serenamente - o de efebo e o infantil.
Ao cu feminino, supremo, culto e glória!
sábado, 29 de junho de 2013
O amor e o outro
Não amo
melhor
nem pior
do que ninguém.
Do meu jeito amo
Ora esquisito, ora fogoso,
às vezes aflito
ou ensandecido de gozo.
Já amei
até com nojo.
Coisas fabulosas
acontecem-me no leito. Nem sempre
de mim dependem, confesso.
O corpo do outro
é que é sempre surpreendente.
nem pior
do que ninguém.
Do meu jeito amo
Ora esquisito, ora fogoso,
às vezes aflito
ou ensandecido de gozo.
Já amei
até com nojo.
Coisas fabulosas
acontecem-me no leito. Nem sempre
de mim dependem, confesso.
O corpo do outro
é que é sempre surpreendente.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
Muere el fotógrafo Bert Stern, famoso por sus imágenes de Marilyn Monroe
Conocido por fotografiar a Marilyn Monroe seis semanas antes de su muerte, Bert Stern falleció el miércoles en su casa en Manhattan, Nueva York, a los 83 años. La noticia la confirmó su esposa, la directora de cine Shannah Laumeister, de 43 años, quien se casó con el fotógrafo en 2009 y que por razones de privacidad lo mantuvieron en secreto, según ha informado la agencia de noticias AP. Stern había pasado unos días en el hospital por encontrarse mal pero regresó a casa "porque los médicos no encontraron nada", según Laumeister.
Confluência
Ter-te amado, a fantasia exata se cumprindo
sem distância.
Ter-te amado convertendo em mel
o que era ânsia.
Ter-te amado a boca, o tato, o cheiro:
intumescente encontro de reentrâncias.
Ter-te amado
fez-me sentir:
no corpo teu, o meu desejo
– é ancorada errância.
Ter-te amado convertendo em mel
o que era ânsia.
Ter-te amado a boca, o tato, o cheiro:
intumescente encontro de reentrâncias.
Ter-te amado
fez-me sentir:
no corpo teu, o meu desejo
– é ancorada errância.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Intervalo amoroso
O que fazer entre um orgasmo e outro,
quando se abre um intervalo
sem teu corpo?
Onde estou, quando não estou
no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?
Que imperfeita forma de ser é essa
quando de ti sou apartado?
Que neutra forma toco
quando não toco teus seios, coxas
e não recolho o sopro da vida de tua boca?
O que fazer entre um poema e outro
olhando a cama, a folha fria?
sem teu corpo?
Onde estou, quando não estou
no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?
Que imperfeita forma de ser é essa
quando de ti sou apartado?
Que neutra forma toco
quando não toco teus seios, coxas
e não recolho o sopro da vida de tua boca?
O que fazer entre um poema e outro
olhando a cama, a folha fria?
terça-feira, 25 de junho de 2013
Vá-se lá saber porquê?
Eu omito, tu omites, eles (os candidatos às autarquias pelos partidos do Governo) omitem os símbolos partidários, nos cartazes que por aí andam a colar.
De que têm medo estes bandalhos, que escondem as suas origens partidárias? Do veredicto do Povo?
Quem não deve não teme.
Assumam de uma vez por todas, a vossa família política!
De que têm medo estes bandalhos, que escondem as suas origens partidárias? Do veredicto do Povo?
Quem não deve não teme.
Assumam de uma vez por todas, a vossa família política!
La pinacoteca familiar del genio
Muchas veces se ha querido retratar a Pablo Ruiz Picasso como un ser huraño, abstraído en su genio creativo. Se han contado mil anécdotas sobre su promiscuidad sentimental y sus correrías, pero pocas veces se ha analizado su faceta como hijo, padre o abuelo; ese Picasso de andar por casa que encontró en su círculo más íntimo un anclaje que disociara su frenética personalidad artística de la más mundana y personal.
“A menudo se ha transmitido la falsa imagen de que Picasso era un hombre violento. Pero esta exposición muestra a un padre y abuelo cercano a sus niños. Su obra era muy importante para él, sí, pero también su familia”, explica el nieto del artista, Bernard Ruiz-Picasso, durante la presentación de Picasso. Álbum de familia, segunda de las exposiciones conmemorativas del décimo aniversario del Museo Picasso Málaga (MPM) y que ahonda en la importancia que las personas que formaron parte del círculo íntimo de Picasso tuvieron como fuente de inspiración de su obra.
Arte-final
Não basta um grande amor
para fazer poemas.
E o amor dos artistas, não se enganem,
não é mais belo
que o amor da gente.
O grande amante é aquele que silente
se aplica a escrever com o corpo
o que seu corpo deseja e sente.
Uma coisa é a letra,
e outra o ato,
– quem toma uma por outra
confunde e mente.
E o amor dos artistas, não se enganem,
não é mais belo
que o amor da gente.
O grande amante é aquele que silente
se aplica a escrever com o corpo
o que seu corpo deseja e sente.
Uma coisa é a letra,
e outra o ato,
– quem toma uma por outra
confunde e mente.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Desabafo sentido!
Não se esqueçam que no próximo dia 27 é dia de GREVE GERAL, alerto todos aqueles que por princípio não fazem greve e, sistemáticamente apontam o facto de o dinheiro lhes fazer falta; para alguns até acredito que seja verdade, mas ao longo de 41 anos de trabalho como Funcionário Público conheci quem utilizava esse tipo de argumento e, no fim de semana seguinte gastasse bastante mais do montante a descontar enquanto grevista, em mariscada e cerveja.
Não defendam os seus postos de trabalho e, depois queixem-se!
Captus est libidine
aqua
benedicta
unctione
cabelos
olhos
narinas
boca
dorso
mamilos
ventre
umbigo
clitóris
vagina
abençoa
me
orgasmos
in
extremis
unctione
cabelos
olhos
narinas
boca
dorso
mamilos
ventre
umbigo
clitóris
vagina
abençoa
me
orgasmos
in
extremis
domingo, 23 de junho de 2013
Apaixonada
Como posso me sentir
Ridicularizada
Por estar apaixonada?
Tenho mais é que sorrir
Porque o amor é tão lindo
Mesmo quando não correspondido
E não mais temo
Esse amor que tenho
Porque é maravilhoso
Desejar
E ser amado
E delicioso
No simples beijar
Eletrizado, extasiado
Sorrindo e repetindo
Esse amor, paixão, tem nome
E se digo palavrões
E se chego a escrever
Algumas baixarias
É pela intensidade das emoções
E se falo em fuder
É porque doces poesias
Belos poemas declamados
Não podem traduzir
A intensidade dos apaixonados
Palavras formais
Me fode com violência
Tesão, sadismo
E indecência
Te amo demais
Te amo com paixão
É assim meu romantismo
Meu doce, sincero palavrão
Te amo com tesão
Amo, amo e chamo
Venha me fuder
Venha me dizer
Que me ama
De verdade
E que sou sua putana
Com total fidelidade
Fidelidade
É sempre dizer
A verdade
E você já deve saber
Que é minha única paixão
E está tão além do simples tesão
Você é tesão complexo
Mais que sexo
É amor único
Te amo, te amo e te chamo
Venha me fuder
Venha me satisfazer
Venha me completar
Só você pode me penetrar
E só você eu posso amar
Por estar apaixonada?
Tenho mais é que sorrir
Porque o amor é tão lindo
Mesmo quando não correspondido
E não mais temo
Esse amor que tenho
Porque é maravilhoso
Desejar
E ser amado
E delicioso
No simples beijar
Eletrizado, extasiado
Sorrindo e repetindo
Esse amor, paixão, tem nome
E se digo palavrões
E se chego a escrever
Algumas baixarias
É pela intensidade das emoções
E se falo em fuder
É porque doces poesias
Belos poemas declamados
Não podem traduzir
A intensidade dos apaixonados
Palavras formais
Me fode com violência
Tesão, sadismo
E indecência
Te amo demais
Te amo com paixão
É assim meu romantismo
Meu doce, sincero palavrão
Te amo com tesão
Amo, amo e chamo
Venha me fuder
Venha me dizer
Que me ama
De verdade
E que sou sua putana
Com total fidelidade
Fidelidade
É sempre dizer
A verdade
E você já deve saber
Que é minha única paixão
E está tão além do simples tesão
Você é tesão complexo
Mais que sexo
É amor único
Te amo, te amo e te chamo
Venha me fuder
Venha me satisfazer
Venha me completar
Só você pode me penetrar
E só você eu posso amar
sábado, 22 de junho de 2013
Self-service
Entre o desejo e o medo
de perdas irreparáveis,
a moralista e seu dedo
tornaram-se inseparáveis.
a moralista e seu dedo
tornaram-se inseparáveis.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Anal
Nesta transa sem igual,
agindo como animal,
mas sendo mais racional,
já sei o nosso final:
beijinhos mil e pau-pau!
Rotina muito normal
na vida a dois de um casal;
camisetas no varal,
camisinhas no quintal...
mas sendo mais racional,
já sei o nosso final:
beijinhos mil e pau-pau!
Rotina muito normal
na vida a dois de um casal;
camisetas no varal,
camisinhas no quintal...
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Livro do Desassossego
A liberdade é a possibilidade do isolamento. És livre se podes afastar-te dos homens, sem que te obrigue a procurá-los a necessidade de dinheiro, ou a necessidade gregária, ou o amor, ou a glória, ou a curiosidade, que no silêncio e na solidão não podem ter alimento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo. Podes ter todas as grandezas do espírito, todas da alma: és um escravo nobre, ou um servo inteligente: não és livre. E não está contigo a tragédia, porque a tragédia de nasceres assim não é contigo, mas do Destino para si somente.
Ai de ti, porém, se a opressão da vida, ela própria te força a seres escravo. Ai de ti, se, tendo nascido liberto, capaz de te bastares e de te separares, a penúria te força a conviveres.
Essa, sim, é a tua tragédia, e a que trazes contigo.
Vá-se lá saber porquê?
Cavaco Silva já abriu mais alguma cova?
Na democracia, muitas, no respeito pelo TC também, o homem tem as mão calejadas!
Na democracia, muitas, no respeito pelo TC também, o homem tem as mão calejadas!
Un séjour à Guarujá
(Madrigale a la moda dei maestri MariOswalDrumão, produção de Joãozinho Trinta, figurinos de Clodovil e direção variando entre Frederico Fellini e Zé do Caixão. Agradecemos ao indispensável apoio de nossos patrocinadores sem os quais este espetáculo seria impossível etc.)
Lua cheia... Minissaias, sorvetes, frivolidades.
Maduros casais idicham cotidianos milionários.
Ou galicizam lugares comuns: Mais non!
Um menino do Rio cinematografa-se.
Morte em Veneza, verão com vento.
Certas garotinhas... Âge du diable...
Une vague sensation d'inceste.
De uma a língua circunda o sorvete
E outra o chupa, sorvendo-lhe o suco.
Alguém assobia bossas-novas...
"e quem sonhou, sonhou..."
Entre impertinentes cartazes de vende-se e aluga-se
O balneário se liquida
Num muro, toscas garatujas desafiam o frenesi imobiliário:
Volte minha nega, abaixo a psicanálise.
As ondas se fazem gigantescas lânguidas línguas
A lamber o traseiro da surfista sobre a prancha
Há espuma nas franjas
O mar saliva e ejacula.
Areias abundam bandos de madamas maquiadas.
O jogo da noite foi longe demais. Nunca mais.
Negócios em alta agitam conversas senhoriais
Saltos altos... modorras... uis e ais.
Alhures middle classes weekendizam
Vôlei, tênis, frescobol... guarda-sóis coloridos.
O executivo esteira-se. Ê vida boa!
Não volto mais prá São Paulo.
Crinaças areiam coxas de óleobronze...
Não enche o saco moleque!
Uma gorda de biquini...exigências do fellini
Ah, sim,
Entre tantas abandonadas bundas
Uma por ti suspira
Talvez aquela que retesou-te os glúteos
Mais ao fundo, negros caipiram
Cachaça ou vodka?
E espetinhos de camarão
Televivem-se anúncios de cigarro e coca-cola.
Figuração.
Às vezes penso que o Debret retratou o Brasil pro resto da vida.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Surrealista
cabelos escorridos
caprichar nos bicos
seios rijos
rechear as coxas
apetrechos
nos pêlos negros
encaracolar
desejos
escorrer uma fina
depressão
uma dala erótica
um rego
palavras
lavras e cheiros
de fêmea-faminta
lambuzada de um mel
selvagem
da abelha mais nobre
a queimar a língua
a criar um delírio-macho
caldo provado
tornar chamas caladas
derreter
em cinzas
sermos sulco-sumo
uno
fêmea-macho
sem artimanhas
procriadores de efêmeros
nadas
abraçados no pescoço
surrealista de minha poesia
seios rijos
rechear as coxas
apetrechos
nos pêlos negros
encaracolar
desejos
escorrer uma fina
depressão
uma dala erótica
um rego
palavras
lavras e cheiros
de fêmea-faminta
lambuzada de um mel
selvagem
da abelha mais nobre
a queimar a língua
a criar um delírio-macho
caldo provado
tornar chamas caladas
derreter
em cinzas
sermos sulco-sumo
uno
fêmea-macho
sem artimanhas
procriadores de efêmeros
nadas
abraçados no pescoço
surrealista de minha poesia
terça-feira, 18 de junho de 2013
Morrer
língua
não rima com nádega
mas desliza
saliva
escorre vadia
lambe a maçã do amor
línguas
se enrolam úmidas
aflitas
são engolidas
em desejos movediços
seu corpo oscila
pêndulo
a movimentar segundos
ponteiros
deslizar de seios
ressoam
gritos-gemidos
meu falo abraçado
corpo inteiro
sugado
suado de prazeres
fragrâncias
que impregnaram o quarto
chuleio com os dedos
suas pregas
as nádegas
num remanso molhado
calado
corpos decantados
espraiados
ouço ruído
de navio que parte
pássaros arrebentam-se
na janela
gozam a primavera
morremos para o mundo...
mas desliza
saliva
escorre vadia
lambe a maçã do amor
línguas
se enrolam úmidas
aflitas
são engolidas
em desejos movediços
seu corpo oscila
pêndulo
a movimentar segundos
ponteiros
deslizar de seios
ressoam
gritos-gemidos
meu falo abraçado
corpo inteiro
sugado
suado de prazeres
fragrâncias
que impregnaram o quarto
chuleio com os dedos
suas pregas
as nádegas
num remanso molhado
calado
corpos decantados
espraiados
ouço ruído
de navio que parte
pássaros arrebentam-se
na janela
gozam a primavera
morremos para o mundo...
segunda-feira, 17 de junho de 2013
El tesoro de Tàpies sale a la luz
Teresa desciende desde su cuarto hasta esta estancia iluminada en la que ella y su marido, Antoni, soñaron el amor, el arte y la vida. Él murió hace un año y unos meses, y ella está triste. Ya estará triste siempre, dice. Ahora conversa sobre su marido con Miquel, uno de sus tres hijos, y con el periodista. En sus memorias, Antoni recuerda cuando volvió de París y se encontró en la estación con ella, su novia desde la adolescencia. Y esta mujer, que hasta entonces había tenido sombríos sus ojos, como si la mirada se le hubiera quedado en el tiempo en que murió Antoni, exclama para rememorar aquel encuentro como si este hubiera acabado de ocurrir:
–¡Estupendo!
Maçã-do-amor
abrir pétalas com
a língua
explorar
seus cheiros e sabores
levar seu néctar
para além desse momento
para colmeias
perdidas no inconsciente
nos momentos em que
nada valer a pena
ou quando você não estiver
mais presente
minha língua
lamberá a lembrança
como lambemos aquela
maçã-do-amor
lembra-se?
explorar
seus cheiros e sabores
levar seu néctar
para além desse momento
para colmeias
perdidas no inconsciente
nos momentos em que
nada valer a pena
ou quando você não estiver
mais presente
minha língua
lamberá a lembrança
como lambemos aquela
maçã-do-amor
lembra-se?
domingo, 16 de junho de 2013
Seda
enquanto nascem
pêlos
mulheres tecem a lã
e cabelos
disfarce táctil
fácil
escondem gozos
uma tênue como seda
esconde o pecado.
mulheres tecem a lã
e cabelos
disfarce táctil
fácil
escondem gozos
uma tênue como seda
esconde o pecado.
sábado, 15 de junho de 2013
Sumo
tê-la inteira
na sensação palmar
dos seus seios;
deixar eriçados
os desejos,
borbulhante a paixão.
em seu suculento
momento
sou suco-sumo,
um corpo friável,
deslizante sensual.
e você
folheia Joyce
na manhã em que
escuros
deixam claros
gozos,
ecoados na
escuridão do quarto.
dos seus seios;
deixar eriçados
os desejos,
borbulhante a paixão.
em seu suculento
momento
sou suco-sumo,
um corpo friável,
deslizante sensual.
e você
folheia Joyce
na manhã em que
escuros
deixam claros
gozos,
ecoados na
escuridão do quarto.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Livro do Desassossego
Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico.
Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro direto que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Gozo
silencioso...
solto
disperso
aberto
delicioso...
desprendido
desatado
desobrigado
viver...
sem rumo
sem nada
sem ter
em regozijo
num gozo intenso
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Vá-se lá saber porquê?
Comecei a gostar pela primeira vez de palavras que até aqui não entravam no meu léxico: chulo, malandro, filhos da puta...
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