Passo a passo, o equilíbrio volta
Hoje, na sessão de fisioterapia, voltei a enfrentar um daqueles desafios que parecem simples quando os ouvimos, mas exigem coragem quando os fazemos: trabalhar a coordenação dos reflexos e o equilíbrio.
Não é apenas um exercício físico — é um teste silencioso à nossa determinação.
A fisioterapeuta pediu-me para fixar o olhar num ponto e manter-me firme. No primeiro segundo, o corpo hesitou… mas continuei. E, naquele instante, percebi algo importante: não é a força que nos mantém de pé, é a persistência.
Vieram depois os exercícios rápidos — tocar aqui, reagir ali, ajustar o passo, procurar o centro outra vez. Cada movimento era uma conversa entre mim e o meu corpo:
"Consegues? Vamos tentar mais uma vez."
E, pouco a pouco, consegui.
Houve desequilíbrios, claro. Mas também houve momentos em
que senti o corpo responder melhor, mais desperto, mais alinhado. E isso bastou para me lembrar que o progresso raramente é ruidoso — acontece nos pequenos acertos que quase ninguém vê.
No final da sessão, saí cansado, mas orgulhoso.
Porque hoje provei a mim mesmo que, mesmo quando parece que o chão se mexe, eu continuo a avançar.
A fisioterapia ensina-nos exatamente isso: que cada treino é mais do que recuperar movimento — é recuperar confiança, recuperar presença, recuperar força interior.
E, sessão após sessão, vou construindo algo maior do que equilíbrio: vou construindo o meu regresso.