Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve

domingo, 12 de outubro de 2014

Ainda vai a tempo

Em Julho do ano passado, o Governo tinha perdido Vítor Gaspar e Paulo Portas ameaçava ir-se embora. A resiliência do primeiro-ministro e o golpe de asa do Presidente seguraram o executivo e a oposição só não teve eleições antecipadas (teriam acontecido em Junho deste ano) porque não quis fazer um acordo com o governo. Agora, os líderes da maioria discutem em público a política fiscal e o Governo está em cacos na Educação e na Justiça, novamente refém da resiliência do chefe do executivo e da boa vontade do Chefe do Estado. A oposição, desta vez, quer um simples acordo, tão simples que passa apenas pela antecipação do calendário eleitoral.
Por mil vezes, correndo o risco de cansar alguns leitores, defendi que só há vantagens em antecipar as legislativas para o segundo trimestre do próximo ano. Não se trata de castigar o governo, mas sim de evitar um castigo severo para os contribuintes que podem ter de pagar caro a teimosia de políticos, para quem o interesse dos partidos continua a ser a prioridade. Legislativas em Outubro, além de ficarem contaminadas pelas presidenciais, que ocorrem apenas três meses depois, ameaçam a elaboração atempada do Orçamento do Estado que, se não houver maioria, pode ficar pronto apenas em Março do ano seguinte. Infelizmente, por interesse partidário, PS no governo e PSD na oposição estariam a defender o contrário do que defendem hoje.

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