Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve
sábado, 31 de agosto de 2013
Grito
Cedros, abetos,
pinheiros novos.
O que há no tecto
do céu deserto,
além do grito?
Tudo que e' nosso.
São os teus olhos
desmesurados,
lagos enormes,
mas concentrados
nos meus sentidos.
Tudo o que é nosso
é excessivo.
E a minha boca,
de tão rasgada,
corre-te o corpo
de pólo a pólo,
desfaz-te o colo
de espádua a espádua,
são os teus olhos,
depois o grito.
Cedros, abetos,
pinheiros novos.
É o regresso.
É no silêncio
de outro extremo
desta cidade
a tua casa.
É no teu quarto
de novo o grito.
E mais nocturna
do que nunca
a envergadura
das nossas asas.
Punhal de vento,
rosa de espuma:
morre o desejo,
nasce a ternura.
Mas que silêncio
na tua casa.
O que há no tecto
do céu deserto,
além do grito?
Tudo que e' nosso.
São os teus olhos
desmesurados,
lagos enormes,
mas concentrados
nos meus sentidos.
Tudo o que é nosso
é excessivo.
E a minha boca,
de tão rasgada,
corre-te o corpo
de pólo a pólo,
desfaz-te o colo
de espádua a espádua,
são os teus olhos,
depois o grito.
Cedros, abetos,
pinheiros novos.
É o regresso.
É no silêncio
de outro extremo
desta cidade
a tua casa.
É no teu quarto
de novo o grito.
E mais nocturna
do que nunca
a envergadura
das nossas asas.
Punhal de vento,
rosa de espuma:
morre o desejo,
nasce a ternura.
Mas que silêncio
na tua casa.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
O silêncio
Dos corpos esgotados que silêncio
tão apaziguador se levantava!
(Tinha uma rosa triste nos cabelos,
uma sombra na túnica de luz...)
Para o fundo das almas caminhava,
devagar, o sonâmbulo silêncio.
(Que apertados anéis nos braços nus!)
Mas o silêncio vinha desprendê-los.
(Tinha uma rosa triste nos cabelos,
uma sombra na túnica de luz...)
Para o fundo das almas caminhava,
devagar, o sonâmbulo silêncio.
(Que apertados anéis nos braços nus!)
Mas o silêncio vinha desprendê-los.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Vá-se lá saber porque?
Aconselha-se este Governo fora da lei, nos momentos de insonias proceder à leitura da Constituição do País!
Vá-se lá saber porquê?
Governo fora de lei. O Tribunal Constitucional considerou inconstitucional a Lei da Mobilidade na Função Pública.
Não aprende este Governo; espero que todos aqueles que andam distraídos não se esqueçam que as Eleições Autárquicas estão à porta!
Não aprende este Governo; espero que todos aqueles que andam distraídos não se esqueçam que as Eleições Autárquicas estão à porta!
Inscrição estival
Ó grande plenitude!
E a tudo
a tudo alheio,
saboreio.
Absorto
sorvo
este cacho de uvas
tão maduras...
Este cacho de curvas que é o teu corpo.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Vá-se lá saber porquê?
Nunca votei no cidadão Aníbal Cavaco Silva, mas como português, sinto uma vergonha enorme por o ter como Presidente da República!
António Borges
No mesmo dia em que o Governo retirava o rendimento social a 136 mil pessoas; em que decrescia o número de alunos no básico, no secundário e nas universidades - nesse mesmo dia morreu, com um cancro no pâncreas, António Borges, um dos mais ortodoxos doutrinadores portugueses do neoliberalismo. Um homem implacável na aplicação das convicções ideológicas e indiferente às consequências que essas aplicações implicavam. Borges era partidário da redução de salários para equilíbrio da economia; do corte substancial de funcionários públicos; da diminuição do papel interventivo do Estado; das privatizações; do aumento das horas de trabalho; da entrega "faseada" da Educação, da Saúde, da Segurança Social porque entendia, e dizia-o, verbi gratia, que o sector privado era melhor gestor do que o público.
Beijo
Um beijo em lábios é que se demora
e tremem no de abrir-se a dentes línguas
tão penetrantes quanto línguas podem.
Mas beijo é mais. É boca aberta hiante
para de encher-se ao que se mova nela.
E dentes se apertando delicados.
É língua que na boca se agitando
irá de um corpo inteiro descobrir o gosto
e sobretudo o que se oculta em sombras
e nos recantos em cabelos vive.
É beijo tudo o que de lábios seja
quanto de lábios se deseja.
tão penetrantes quanto línguas podem.
Mas beijo é mais. É boca aberta hiante
para de encher-se ao que se mova nela.
E dentes se apertando delicados.
É língua que na boca se agitando
irá de um corpo inteiro descobrir o gosto
e sobretudo o que se oculta em sombras
e nos recantos em cabelos vive.
É beijo tudo o que de lábios seja
quanto de lábios se deseja.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
La policía rusa cierra la exposición que mostraba a Putin en sujetador
La muestra de retratos de líderes rusos que exhibía en San Petersburgo un cuadro del presidente Vladimir Putin en ropa interior femenina ha durado sólo una semana y media abierta. Esta tarde la policía se ha presentado en la puerta del Museo del Poder de la ciudad y ha clausurado las tres salas de la muestra, obra del pintor ruso Konstantin Altunin.
La exposición 'Líderes', inaugurada en San Petersburgo el pasado día 14 de agosto, incluía varios retratos polémicos. En uno de ellos el presidente Putin, aparece junto al actual primer ministro, Dimitri Medvedev, en actitud cariñosa y ambos en 'paños menores'. También se llevaba su parte otro personaje 'sagrado' para la línea oficial de Moscú: el líder de la Iglesia ortodoxa rusa, el patriarca Kirill. Aparecía dibujado en blanco y negro con el torso desnudo y lleno de tatuajes de Lenin, Stalin, de la Virgen María y con dos calaveras impresas en los hombros.
Conheço o sal...
Conheço o sal da tua pele seca
Depois que o estio se volveu inverno
De carne repousada em suor nocturno.
Conheço o sal do leite que bebemos
Quando das bocas se estreitavam lábios
E o coração no sexo palpitava.
Conheço o sal dos teus cabelos negros
Os louros ou cinzentos que se enrolam
Neste dormir de brilhos azulados.
Conheço o sal que resta em minhas mãos
Como nas praias o perfume fica
Quando a maré desceu e se retrai.
Conheço o sal da tua boca, o sal
Da tua língua, o sal de teus mamilos,
E o da cintura se encurvando de ancas.
A todo o sal conheço que é só teu,
Ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
Um cristalino pó de amantes enlaçados.
De carne repousada em suor nocturno.
Conheço o sal do leite que bebemos
Quando das bocas se estreitavam lábios
E o coração no sexo palpitava.
Conheço o sal dos teus cabelos negros
Os louros ou cinzentos que se enrolam
Neste dormir de brilhos azulados.
Conheço o sal que resta em minhas mãos
Como nas praias o perfume fica
Quando a maré desceu e se retrai.
Conheço o sal da tua boca, o sal
Da tua língua, o sal de teus mamilos,
E o da cintura se encurvando de ancas.
A todo o sal conheço que é só teu,
Ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
Um cristalino pó de amantes enlaçados.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Para te ver é longa toda espera
Há uma serra no teu peito
feita de sonho e de distância.
É nessa serra que me deito
com tua luminosa infância.
Ao te esfolhar, na tarde branca,
me extravio nas tuas ancas.
Habitando a paisagem branca
na curva dessa serra deito.
Assim, montando as tuas ancas,
cavalgo os sonhos do teu peito.
Depois, retido na distância,
na cama acendo a tua infância.
Nos veludos da tua infância
qualquer montanha é pura e branca,
claro verão que, na distância,
cintila sobre tuas ancas.
É minha a serra do teu peito
quando à sombra do teu corpo deito.
Sobre os lençóis, quando me deito,
meu coração é a tua infância.
Eu, pelas serras do teu peito,
sou um menino na distância,
cavalgando, na tarde branca,
os girassóis das tuas ancas.
Nos extremos das tuas ancas
cavalgo as serras do teu peito.
O teu corpo, na tarde branca,
é o meu lençol quando me deito.
Uma criança, na distância,
sou a serra da tua infância.
Quero galgar serra e distância
nas tuas mãos de nuvens brancas,
do mesmo modo quero a infância
e os girassóis das tuas ancas.
A mim me basta, se me deito,
morrer nas serras do teu peito.
É nessa serra que me deito
com tua luminosa infância.
Ao te esfolhar, na tarde branca,
me extravio nas tuas ancas.
Habitando a paisagem branca
na curva dessa serra deito.
Assim, montando as tuas ancas,
cavalgo os sonhos do teu peito.
Depois, retido na distância,
na cama acendo a tua infância.
Nos veludos da tua infância
qualquer montanha é pura e branca,
claro verão que, na distância,
cintila sobre tuas ancas.
É minha a serra do teu peito
quando à sombra do teu corpo deito.
Sobre os lençóis, quando me deito,
meu coração é a tua infância.
Eu, pelas serras do teu peito,
sou um menino na distância,
cavalgando, na tarde branca,
os girassóis das tuas ancas.
Nos extremos das tuas ancas
cavalgo as serras do teu peito.
O teu corpo, na tarde branca,
é o meu lençol quando me deito.
Uma criança, na distância,
sou a serra da tua infância.
Quero galgar serra e distância
nas tuas mãos de nuvens brancas,
do mesmo modo quero a infância
e os girassóis das tuas ancas.
A mim me basta, se me deito,
morrer nas serras do teu peito.
domingo, 25 de agosto de 2013
Vá-se lá saber porquê?
É uma máxima do futebol: num ápice se passa de besta a bestial.
Aconteceu hoje na Catedral!
Aconteceu hoje na Catedral!
Una docena de fotógrafas ofrecen una visión sin estereotipos de la maternidad en el siglo XXI
Uma dúzia contemporânea estudo maternidade fotógrafos livre de estereótipos ou sentimentalismo. É o tema central da monografia Home Truths, Photograhy e Maternidade ( Home Truths, fotografia e maternidade ), onde os participantes tentam propor novas interpretações de um tema eterno na história da arte .
E não pode esperar o coração
Toda a lua e claridade
assim te quero, assim te vejo
e se te vejo o amor invade
meu corpo inteiro e o deixa aceso
e se te vejo o amor em mim
é um cheiro morno de jardim
A tua dor doendo em mim
é um rio latejando aceso
sou um cantareiro no jardim
do sonho em que te quero e vejo
primaveras de claridade
na primavera que me invade
Toda nua és um rio aceso
de primavera e claridade
mas quero mais do que o que vejo
sentindo a angústia que me invade
esse amor que doendo em mim
arde em silêncio no jardim
Extinta a angústia que me invade
te sinto perto e junto a mim
mais do que amar a claridade
amo teu cheiro de jardim
por isso à noite durmo aceso
no dia em que te sinto e vejo.
Teu coração é um jardim
tremulando na claridade
mesmo quando doendo em mim
também é a angústia que me invade
porque no dia em que te vejo
teu corpo dorme em mim aceso
No fundo dos teus olhos vejo
longe da angústia que me invade
como o amor doendo aceso
é uma trança de claridade
o coração dentro de mim
dorme abrasado em teu jardim.
e se te vejo o amor invade
meu corpo inteiro e o deixa aceso
e se te vejo o amor em mim
é um cheiro morno de jardim
A tua dor doendo em mim
é um rio latejando aceso
sou um cantareiro no jardim
do sonho em que te quero e vejo
primaveras de claridade
na primavera que me invade
Toda nua és um rio aceso
de primavera e claridade
mas quero mais do que o que vejo
sentindo a angústia que me invade
esse amor que doendo em mim
arde em silêncio no jardim
Extinta a angústia que me invade
te sinto perto e junto a mim
mais do que amar a claridade
amo teu cheiro de jardim
por isso à noite durmo aceso
no dia em que te sinto e vejo.
Teu coração é um jardim
tremulando na claridade
mesmo quando doendo em mim
também é a angústia que me invade
porque no dia em que te vejo
teu corpo dorme em mim aceso
No fundo dos teus olhos vejo
longe da angústia que me invade
como o amor doendo aceso
é uma trança de claridade
o coração dentro de mim
dorme abrasado em teu jardim.
sábado, 24 de agosto de 2013
Callahan & Weston
Hay que apurar los últimos días de agosto para ver las fotos de Edward Weston y de Harry Callahan en el Círculo de Bellas Artes de Madrid.
Metade
Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto o doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Pessoa: Lisboa en las venas
Fernando Pessoa es una larga historia de heterónimos, una historia de huida, de refugio en esas identidades, Pessoa, que quiere decir persona, nadie, como si se hubiese negado a existir en tanto que unidad, erosionado en su interior, multiplicado y unido solo por ese gesto de escribir, desde Lisboa, la ciudad natal. Releyendo el Libro del desasosiego (Seix Barral 2008), siento no solo por su melancolía, su incapacidad de adaptarse al mundo, su padecer, Pessoa es único, si no porque desde el inicio renuncia a la permanencia, y acepta una discontinuidad inherente a la existencia, una contingencia resuelta en la frase, un verbo que se queda colgado en el vacío. Vacío de la vida, fragmentación del tiempo, Pessoa recrea con una intensidad una de las patologías más clásicas de la ciudad, la neurosis. Él siempre huyó del afuera, su personalidad, extremadamente porosa, no lograba trascender el espacio público para instalarse en él, lo inquietaba, le daba desasosiego.
Nas ervas
Escalar-te lábio a lábio,
percorrer-te: eis a cintura
o lume breve entre as nádegas
e o ventre, o peito, o dorso
descer aos flancos, enterrar
os olhos na pedra fresca
dos teus olhos,
entregar-me poro a poro
ao furor da tua boca,
esquecer a mão errante
na festa ou na fresta
aberta à doce penetração
das águas duras,
respirar como quem tropeça
no escuro, gritar
às portas da alegria,
da solidão.
porque é terrivel
subir assim às hastes da loucura,
do fogo descer à neve.
abandonar-me agora
nas ervas ao orvalho -
a glande leve.
o lume breve entre as nádegas
e o ventre, o peito, o dorso
descer aos flancos, enterrar
os olhos na pedra fresca
dos teus olhos,
entregar-me poro a poro
ao furor da tua boca,
esquecer a mão errante
na festa ou na fresta
aberta à doce penetração
das águas duras,
respirar como quem tropeça
no escuro, gritar
às portas da alegria,
da solidão.
porque é terrivel
subir assim às hastes da loucura,
do fogo descer à neve.
abandonar-me agora
nas ervas ao orvalho -
a glande leve.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Anatomía de un genio total
Ya ha pasado casi medio siglo, pero Peter Abrahams recuerda el día que descubrió los estudios anatómicos de Leonardo da Vinci. Profesor de la Universidad de Warwick y eminencia en el campo de la anatomía clínica, Abrahams era entonces un joven estudiante en el Londres de la posguerra. “Observé el dibujo de un cráneo abierto en dos, en el que se observaban las capas de piel, los músculos faciales y la estructura ósea”, rememora. “Ese fue el día que entendí cómo funcionaba la anatomía humana”. La experiencia le marcó, hasta el punto que Abrahams sigue utilizando esas mismas láminas de trazo nervioso para enseñar los principios básicos de la anatomía a sus estudiantes. “Hace cuarenta años que recurro a ellas. Gracias a Leonardo, me consideran el maestro enrollado que consigue que la anatomía se vuelva interesante”.
Amor
Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente á tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi facil, nunca,
também a terra morre.
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente á tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi facil, nunca,
também a terra morre.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
O conclave da Quarteira
Um coro de comentários indignados acolheu as palavras de Pedro Passos Coelho, no conclave do Pontal, sobre os "riscos" impendentes das decisões do Tribunal Constitucional. "Pressão inqualificável", "ameaça despropositada", "desrespeito pela democracia", foram as qualificações atrozes postas em circulação. Ninguém disse da raiz do melindre. Ao assinalar os "riscos", o primeiro-ministro confessou, subliminarmente, que os conhecia, que os enfrentara, malicioso, e tentava fintá-los, com translúcido desprezo pelos juízes que compõem a instituição. Aliás, este Governo tem sido fértil em desembocaduras deste estilo, interpretando a Constituição como um empecilho incómodo, a evitar, a contornar, a ignorar, a combater e, até, a destruir.
Eclipse
Vem
menina vadia
te darei o meu dia
te farei sol nascer
Vem
menina moleca
te farei uma festa
te darei meu prazer
Vem
menina dengosa
te encantarei formosa
te enfeitarei com meu ser
Vem em ti
todas as meninas carentes
todas as mulheres santas
todos os amores proibidos
todas amantes desvairadas
Dispa
em definitivo teus pudores
deflore toda tua nudez
que arde... agora afoita
em avalanche de néctar
Abrace-me
sem culpas nem escrúpulos
penetre nessa loucura
que arde... agora ereto
vermelho a te querer
Fique-me
em eclipse... em
superposições de sóis
querendo e ardendo
definitivamente nós!!!
te darei o meu dia
te farei sol nascer
Vem
menina moleca
te farei uma festa
te darei meu prazer
Vem
menina dengosa
te encantarei formosa
te enfeitarei com meu ser
Vem em ti
todas as meninas carentes
todas as mulheres santas
todos os amores proibidos
todas amantes desvairadas
Dispa
em definitivo teus pudores
deflore toda tua nudez
que arde... agora afoita
em avalanche de néctar
Abrace-me
sem culpas nem escrúpulos
penetre nessa loucura
que arde... agora ereto
vermelho a te querer
Fique-me
em eclipse... em
superposições de sóis
querendo e ardendo
definitivamente nós!!!
terça-feira, 20 de agosto de 2013
El mapa del nuevo mundo, Pizzigano. “Los antiguos reyes del mar”, al oeste de las Azores.
Durante el S XIV y la primera mitad del SXV, en el mediterráneo occidental se registró un espectacular desarrollo de la navegación y de las embarcaciones. Al poder de las repúblicas italianas, encabezadas por Venecia, que era prácticamente dueña de todo el mediterráneo. Se añadió el poder emergente del reino Catalano Aragonés y de Castilla; mientras Portugal, concluía la expulsión de los musulmanes de su territorio.
Una enorme flota China iba en búsqueda de tesoros, de un largo viaje, parece ser que con “rutas adelantadas” y valiosa información.
Es, en este punto, dónde se cruzaría un viajante veneciano, Niccolo da Conti con el historiador de la expedición, Ma Huan. No se sabe a ciencia cierta cómo fue aquel encuentro, ni como recibió, el veneciano, esos pliegos de piel… Si, su destino.
Ainda os lençóis
Lençóis abaixo
Lençóis acima
Trocentas diversões
Meu traço risca teu
espaço em voz e direção
Meu corpo encurva
e te submete a mais
uma exploração...
Lençóis abaixo
Lençóis acima
Perco o diapasão
Há um afinar de
corpos pelo ouvido
Quero te ouvir sempre
em movimentos entônicos
de orgasmos
Lençóis abaixo
Lençóis acima
Caio de quatro
Percebo no ato o
penetrar manso
Estou alucinado
pelos movimentos sutis
de descobertas
Lençóis abaixo
e acima...
estou em ti...
como voraz os pés
da cama...
e a teus pés eu
declamo
harmonias loucas
perdidas e lúcidas
já sem lençóis,
sanidade
ou sensatez.
Trocentas diversões
Meu traço risca teu
espaço em voz e direção
Meu corpo encurva
e te submete a mais
uma exploração...
Lençóis abaixo
Lençóis acima
Perco o diapasão
Há um afinar de
corpos pelo ouvido
Quero te ouvir sempre
em movimentos entônicos
de orgasmos
Lençóis abaixo
Lençóis acima
Caio de quatro
Percebo no ato o
penetrar manso
Estou alucinado
pelos movimentos sutis
de descobertas
Lençóis abaixo
e acima...
estou em ti...
como voraz os pés
da cama...
e a teus pés eu
declamo
harmonias loucas
perdidas e lúcidas
já sem lençóis,
sanidade
ou sensatez.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Toca-me a (pouca) sorte de ter de dar resposta a Alberto Gonçalves
No seu breviário do último domingo, no DN, Alberto Gonçalves dedica-me esta mimosa passagem: "Ainda há dias, um caso perdido do jornalismo indígena decidiu que a mania do Governo em promover briefings regulares é um exercício - desculpem a repetição - fascista, na medida em que visa o controlo dos media. Não vou cair no ridículo de sugerir ao tal caso perdido que se informe sobre o estilo de comunicação e a autonomia da imprensa no regime de Mussolini, por exemplo. Limito-me a constatar que os briefings em causa de fascistas não têm nada; de inúteis têm imenso."
Erótico puritano
As pontas dos meus seios apontam para o céu
inchados e duros
pequenos e brancos
reluzem e gritam
enquanto as estrelas queimam e umedecem
meus santos orifícios
com seus toques inesperados.
sou cega, muda, espasmódica.
pernas abertas por um mundo melhor.
pequenos e brancos
reluzem e gritam
enquanto as estrelas queimam e umedecem
meus santos orifícios
com seus toques inesperados.
sou cega, muda, espasmódica.
pernas abertas por um mundo melhor.
domingo, 18 de agosto de 2013
“Antes le pedía a Dios, y ahora mismo le pido a todo Dios”
Debajo del hábito de la dominica Sor Lucía Caram (Tucumán, 1966) hay algo parecido a una revolución. Abre la boca y pulveriza todos los clichés imaginables sobre una monja. Siente repelús por las estructuras de la Iglesia, no le gusta el autoritarismo, no acata órdenes absurdas, piensa que Cristina Kirchner es “una desequilibrada” y… es muy del Barça. Está encantada con el nuevo Papa, claro. Le gusta lo que dice y encima es paisano suyo. Algo que confirmaría la tesis de muchos de sus compatriotas: Dios podría ser argentino.
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