A Direita, a Direitinha e a Direitona congraçaram-se num alarido contra a entrevista que Mário Soares deu a João Marcelino e a Paulo Baldaia, editada no DN de domingo, pp., e transmitida pela TSF. É um documento importante, sobretudo pelo facto de Soares ter aumentado a parada das suas indignações. E as razões são poderosas. Perdoamos-lhe tudo o que a outros nunca esquecemos porque ele simboliza as nossas idiossincrasias, as nossas peculiares malícias, as nossas capacidades de improviso.
E que disse ele para suscitar tanto alvoroço? Nada mais do que a esmagadora maioria de nós pensa: que este "é um Governo de delinquentes"; que "não tem rei nem roque, nem sabe o que quer, nem sabe para aonde vai (...), só sabe que quer mais austeridade e que quer cada vez dar mais dinheiro à troika (...) Mas pode ser que suceda como na Argentina, quando o presidente do Governo disse que "nós não pagamos", e não se passou nada."
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