Por mais que esbanjasse talento, Gonçalo Rodrigues dos Santos estaria longe de ver a sua obra refastelada no quadro de honra do design. A cadeira terá nascido de noite, nos idos de 1953, quando o serralheiro preferia deitar mãos à obra, isolado dos olhares curiosos dos aprendizes, mal imaginando que chegaria ao século seguinte com presença de peso em esplanadas do país e do mundo. “Não queria ninguém a chateá-lo. É sempre fora de horas que se cria alguma coisa de jeito. Era uma pessoa fora de série: era torneiro, fresador, serralheiro, soldador, designer também, pelos vistos, e sem saber”, recorda Manuel Caldas, empregado na serralharia do mestre de Algés pelos seus 17 anos.
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