Footprints - Praia do Castelejo, Vila do Bispo, Algarve

domingo, 28 de junho de 2015

A dimensão geopolítica da crise grega e não só

E se acontecer o “Grexit”? Se a Grécia acabar por sair do euro ou até da UE? A discussão tem estado focada nos aspectos financeiros, na dívida, na austeridade ou na compaixão pelo povo grego. A dimensão geopolítica da crise tem sido desvalorizada. Se a Grécia representa 2% do PIB europeu, é membro da NATO e constitui uma das mais críticas fronteiras da Europa. À medida que a economia encolhe, a sua importância estratégica tende a subir.

“A emergência é sobre muito mais do que dinheiro, é sobre a segurança europeia, especialmente nos Balcãs”, escreve Tony Barber, do Financial Times. O americano Marc Chandler, analista de riscos e mercados, previne que numa prova de força com a Rússia, “as vantagens estratégicas representadas pela Grécia são insubstituíveis”. Abusa-se da linguagem económica, a nova e “errada língua franca”. E conclui: “Muito mais do que a economia o que está em causa é a geopolítica. O custo deste disparate pode ser incalculável.”

Sem comentários:

Enviar um comentário