Os cofres estavam cheios. Vivemos acima das 
possibilidades. Não há alternativa à austeridade. Apenas um sistema 
financeiro sólido pode manter uma economia sólida. Ai aguenta, aguenta. 
Que parte do "já não há dinheiro" é que não perceberam? Ao longo dos 
últimos anos, serviram-nos estas "frases Nicola" numa travessa a 
transbordar dramatismo. Acreditamos. Afinal, era a cartilha vigente. No 
money, no fun. O que, em certa medida, foi verdade. Pelo caminho, porém,
 houve muitos, demasiados, portugueses arrastados pela torrente da 
estatística. Empresas no poço, negócios aniquilados, comunidades 
silenciadas. Despedimentos em barda. Emigração em massa. Impostos em 
cima de impostos. Pobreza. E uma saída limpa. Mas não necessariamente 
assética.
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