Governar com a troika é complicado. Sem troika, mas com as três
instituições no controlo, é complexo. Com respeito pelas regras da União
Europeia e do euro também tem que se lhe diga. Em regime
semipresidencial é ainda pior. Governar em minoria não é fácil. Com
apoio de dois partidos no Parlamento, mas fora do governo, é muito
difícil. Obter esse apoio de duas maneiras diferentes, uma com rol de
compras e outra com listas de intenções, é penoso. Para tudo, vai ser
necessário percorrer o caminho das pedras e atravessar o labirinto das
negociações.
Os governos paralelos, que, por definição, só se
encontram no infinito, são receitas para o desastre. A duplicidade de
poderes, a dualidade de autoridades e a competição entre legitimidades
destroem qualquer princípio de governo eficiente.
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