No dia
15 de julho do ano passado o presidente francês Hollande propôs a
constituição de uma "vanguarda" da União Europeia (UE), constituída por
países da Zona Euro dispostos a aprofundar o processo de integração. Não
especificou quais seriam os países desta vanguarda, mas o seu
primeiro-ministro clarificou: seriam os fundadores da CEE. O ministro da
Economia, Emmanuel Macron, em nome pessoal, havia antecipado este
anúncio em maio, numa entrevista em que ressuscitou a ideia de uma
Europa a duas velocidades.
As
ideias de núcleo duro e de Europa a duas velocidades não são uma
especificidade francesa. A sua origem é um manifesto do grupo CDU/CSU no
Parlamento alemão, da autoria de Wolfgang Schäuble, o antidemocrático e
maldoso político que está à cabeça de um novo ataque a Portugal e ao
seu legítimo Governo. Na sua proposta, o núcleo duro incluía, além da
Alemanha, a França, a Holanda, a Bélgica e o Luxemburgo, podendo mais
tarde alargar-se à Espanha, à Itália e ao Reino Unido, caso resolvessem
"certos problemas".
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