Marisa Matias ousou, e 
com a sua ousadia mostrou que, na política como na vida, o guião não 
está escrito. Ousou quando se atreveu a candidatar-se a um cargo que 
muitos julgam reservado à reforma política de detentores de títulos - 
mesmo que os títulos não correspondam a clareza de ideias e que a idade 
seja inversamente proporcional à coerência do percurso.
Ousou 
quando fez uma campanha de rua, de gente e de comoção sem com isso 
desgraduar a política e a profundidade do debate necessário. Respeitou 
assim cada pessoa a quem pediu um voto de confiança.
Ousou ainda 
pensar fora da caixa das inevitabilidades, onde se invertem prioridades 
para considerar aceitável, ainda que tremendamente aborrecido, lançar 
mais dinheiro dos contribuintes para a Banca privada. Foi talvez por 
isso a única a rejeitar à partida a opção para o Banif.
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