1. Corre a versão de que Paulo Portas terá pressentido
solidez na solução que apoia o governo e, em grande parte, por isso
teria abandonado a liderança do CDS. Não acredito. Posso acreditar que
as razões que invocou no discurso em que anunciou a sua retirada tenham
tido o seu peso. Pois claro, dezasseis anos são muitos anos à frente dum
partido; sem dúvida que deve haver muito cansaço e alguma vontade de
ver os novos valores a dar um novo rumo ao CDS (talvez pelas piores
razões). Mas quem lavrou a sentença ou, pelo menos, acabou de encher o
copo que o levou ao abandono da liderança do CDS foi Passos Coelho.
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