Salvo raras exceções - entre as quais
destacamos o artigo publicado por Nicolau Santos na edição de 30 de
janeiro do semanário "Expresso" - a opinião económica dominante nos
meios de Comunicação Social é o reflexo boçal de uma cultura que
floresceu com a ditadura salazarista e que se exprime com propriedade
pela máxima infeliz: - "pobrezinhos mas honrados!" Um dos mais
celebrados méritos do velho ditador, além do reequilíbrio das finanças
públicas, teria sido evitar a participação portuguesa na II Grande
Guerra! O mito ancestral dessa "(...) austera, apagada e vil tristeza"
tão deplorada pelos nossos poetas - de Luís de Camões a Fernando Pessoa -
sempre encontrou forma de atualizar os seus eternos pressupostos:
Portugal é um país pequeno e sem recursos, a nossa relevância
internacional é nula, o povo é mesquinho e inculto.
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