Verão de 2007. Portugal estava a banhos e
descansava sobre um crescimento económico de quase 2,5%, a que se
juntava o défice abaixo das exigências de Bruxelas e uma dívida de 68%
do PIB.
Do lado de lá do mar, o sentimento era outro. O Lehman
Brothers mostrava os primeiros sinais de instabilidade. Ainda assim,
ninguém fez grande caso, até o banco apresentar perdas de 3900 milhões,
deixando os mercados em estado de sítio. O resto da história já sabemos.
O fim da bolha do imobiliário norte-americana deixou o sistema europeu
em apuros, secou o financiamento à atividade económica e obrigou a
gigantescos resgates com dinheiro dos contribuintes.
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