Embora a alimentação macrobiótica privilegie ingredientes de origem
vegetal, ela distingue-se do vegetarianismo, permitindo, por exemplo, a
ingestão de peixe, uma a duas vezes por semana. Mas não só. Como
esclarece Sara Fernandes, nutricionista, «no vegetarianismo, a ênfase
alimentar é baseada na exclusão total ou parcial de produtos animais
(carne e peixe) e seus derivados (ovos, leite, queijo, iogurte,
manteiga, natas e mesmo mel)».
«No entanto, não é dado grande
realce ao consumo de cereais integrais que, para além dos vegetais e
leguminosas, são o núcleo da prática macrobiótica», refere a
especialista. A alimentação macrobiótica «é também baseada nos
princípios orientais de yin e yang, isto é, forças opostas
complementares. É através destes
princípios que, por exemplo, compreendemos o desejo de comer
doces/açúcar (yin) após o consumo excessivo de carne (yang)», salienta.
Esta teoria, que privilegia a regra da harmonia tradicionalmente
associada a este regime, pressupõe «a ideia de que todos os fenómenos,
alimentos incluídos, têm qualidades energéticas, metafísicas, e de que a
harmonia relativa é conseguida quando equilibramos estes dois polos,
yin e yang, nas nossas vidas», acrescenta Francisco Varatojo, diretor do
Instituto Macrobiótico de Portugal, onde são lecionados workshops sobre
cozinha macrobiótica.
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