A decisão final da Comissão Europeia sobre a possibilidade da aplicação
de sanções a Portugal, que constitui uma indiscutível vitória do país e
da convicção e firmeza com que o Governo português conduziu todo o
processo, revela, acima de tudo, sensibilidade e bom senso. E, não há
como negá-lo, é também uma derrota fragorosa de todos aqueles -
políticos e comentadores (ou até os que, mais ou menos discretamente,
acumulam as duas condições...) - que, ao longo dos últimos tempos,
reduzem a sua atividade ao anúncio diário de sucessivos apocalipses que
se abaterão sobre as nossas cabeças. Nessa matéria, não pode deixar de
ser destacado o líder do maior partido da oposição, cujas últimas
intervenções antes da decisão de Bruxelas revelaram um oportunismo
incapaz de colocar os interesses nacionais acima dos seus próprios
interesses partidários.
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