Não brinquem com os números, respeitem as pessoas”,
assim exortavam alguns cartazes do PS, entretanto abortados. É que,
logo a seguir à sua exibição, viemos a saber da (não) relação de algumas
das pessoas com o que, nos cartazes, lhes era aposto: estarem
desempregadas ou terem sido forçadas a emigrar. Percebi então a citada
frase, quer quanto à brincadeira com os números, quer quanto ao respeito
pelas pessoas. E, ainda, quanto à intrínseca relação entre a
palavra-fetiche da campanha – confiança – e os cartazes. Esta palavra é
já, em si, das menos felizes que se poderiam imaginar para quem, há
apenas 4 anos, deu prova cabal de desconfiança. Mas agora estes cartazes
vêm ilustrar, através de impressivos detalhes, como a confiança é tão
volátil. Pior seria difícil.
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