Há múltiplas razões para assistirmos de boca aberta ao degradante
espetáculo público que se seguiu à contratação de Durão Barroso para o
banco de investimento Goldman Sachs, mas há uma em particular que pinta o
caso de tons ainda mais surrealistas: a desfaçatez com que o
ex-presidente da Comissão Europeia (CE) e ex-primeiro-ministro de
Portugal se queixa de estar a ser vítima de discriminação por parte de
Bruxelas. Estava à espera de quê? Da generalizada compreensão da opinião
pública europeia? De palmadinhas nas costas dos principais dirigentes
políticos? "Fez bem, senhor Barroso, isto não passa de uma ardilosa
maquinação para o prejudicar a si e à Goldman Sachs".
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