O arrastamento de processos judiciais
prejudica todos os intervenientes, mas é particularmente penalizador
quando envolve figuras públicas. Os dados processuais vão sendo
retalhados, divulgados consoante o gosto e julgados ao estilo de um
dérbi futebolístico. Na Operação Marquês, que envolve um
ex-primeiro-ministro e ex-dirigente partidário, a simplificação
agrava-se. Como se apenas fosse possível estar-se ou a favor de José
Sócrates, empenhado em apresentar-se como vítima de cabala e de
perseguição, ou a favor de Carlos Alexandre, o superjuiz que não teme os
poderosos.
A justiça merece ser tratada com mais seriedade.
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