Faz seis meses. Mas parece que dura há uma
vida. E o país quer que dure. Marcelo Rebelo de Sousa faz bem à
política portuguesa. Faz bem ao país. Parece que não tem passado. Nem
futuro. Só presente. Sempre. E essas são qualidades raras num político.
Em
seis meses, como aqui escrevemos, o presidente da República foi ubíquo
no tempo e no lugar, numa corrida desenfreada como se não houvesse uma
segunda oportunidade para criar uma primeira boa impressão. E ele cria.
Ele
é o amparo dos desvalidos e dos sem-fortuna. Das festas e das romarias.
Dos atletas da alta competição e dos amadores. Das famílias dos mortos e
dos feridos. Dos pobres e dos ricos. Dos elogios (seriam?) a Durão
Barroso por saltar de presidente da Comissão Europeia para o império
sombrio da Goldman Sachs. Aos elogios (estes são mesmo, parece) a
António Guterres, candidato a secretário-geral das Nações Unidas, por
ser o melhor de entre nós. E ainda fez uma dúzia de viagens e convidou o
presidente do Banco Central Europeu para participar num Conselho de
Estado.
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