Em 1931, apesar dos sinais daquela que
viria a ser conhecida como A Grande Depressão, Keynes escreveu um artigo
otimista chamado "Possibilidades económicas para os nosso netos". Nele
discutia como, lá para 2030, a sociedade teria produzido riqueza
suficiente para o trabalho, reduzido a 15h semanais, se tornar uma
questão de realização pessoal. A Humanidade - livre da obsessão pela
acumulação - reaprenderia a viver em função do prazer e da cultura.
Keynes
estava certo numa coisa: a riqueza e os níveis de vida aumentaram.
Estava errado noutra: a acumulação de riqueza não foi distribuída pela
sociedade, concentrou-se, em parte à custa de novas formas de exploração
do rabalho. Keynes não contava com a precariedade.
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