Ao contrário do que se possa pensar,
nestes tempos de "alianças com a extrema-esquerda", há outros encontros
de vontade que sobrevivem, mesmo em tempos de crispação entre os dois
protagonistas maiores da vida política portuguesa em democracia. Bem
podem PS e PSD mostrar-se muito desavindos com arrufos do género de que
quem perde "a maioria tem de virar a página e mudar a política de
austeridade" ou, no seu equivalente, de garantir que não se "vai ser
muleta de um Governo ilegítimo". Há sempre assuntos onde o entendimento é
possível, mesmo que não desejável.
Não
falamos, como é óbvio, de grandes áreas estratégicas, onde é útil gerar
entendimentos que evitem que a cada novo Executivo os portugueses sejam
poupados ao torcicolo de ver o que ontem era verdade transformado em
nova mentira.
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